A pandemia da Covid-19 provocou aumento significativo na quantidade de descartes gerados pela população soteropolitana. De acordo com o balanço da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), Salvador produziu, entre março de 2020 até fevereiro de 2021, cerca de 10 mil toneladas de resíduos a mais – o que representa um acréscimo de 2,26% – em comparação ao período anterior à crise sanitária.
Para termos de comparação, esse volume extra equivale aproximadamente a 40 piscinas olímpicas cheias. “O aumento de resíduos ocorreu principalmente no início da pandemia, quando as pessoas estavam mais em casa, em quarentena, e cumprindo os protocolos contra o coronavírus”, explica o presidente da Limpurb, Omar Gordilho.
O gestor acrescenta, no entanto, que os serviços de coleta não foram afetados. “Também houve aumento do nosso trabalho com a desinfecção e lavagem de vias, higienização nas unidades de saúde e estações de transbordo, assim como nas áreas de grande circulação de pessoas, durante as ações de proteção à vida”, afirmou.
Estrutura – Para o recolhimento diário dos resíduos domiciliares, a Limpurb possui 2.573 agentes de limpeza, além de 144 compactadores, 21 minicompactadores, com capacidade de coletar 6 m³, e 24 triciclos, com capacidade de 2 m³.
Os equipamentos de menor porte realizam a coleta de lixo nas ruas estreitas, morros, becos e vielas. A utilização desses veículos, que chegam mais próximos das residências, tem facilitado a prestação do serviço de limpeza urbana em todos os cantos da cidade, já que os caminhões tradicionais não conseguem acessar esses locais.
Somada à retirada do lixo caseiro, a Limpurb também executa ações de roçagem e capinação de áreas verdes, margens de córregos, canais e encostas. Além disso, é feita a remoção total ou parcial de ervas daninhas e vegetações indesejáveis, resultando em um aspecto regular e uniforme. É realizada, ainda, a raspagem de terra acumulada nas vias, retirada de faixa e limpeza de postes, pintura de meio-fio, coleta de animais mortos em vias e logradouros públicos.