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Fraternidade é maior que fraticídio, diz papa Francisco em viagem histórica ao Iraque

O papa Francisco celebrou, neste domingo (7), na cidade de Mossul, uma cerimônia de orações pelas vítimas da guerra no Iraque. Na saudação, o pontífice reafirmou que, apesar de tudo, a fraternidade é mais forte que o fratricídio, a esperança, mais forte que a morte, e a paz, mais forte que a guerra.

A cerimônia foi na Hosh al-Bieaa, a praça das quatro igrejas: sírio-católica, armeno-ortodoxa, sírio-ortodoxa e caldeia, destruídas por ataques terroristas entre 2014 e 2017. Depois de ouvir testemunhos de um sunita e do pároco local, que falaram das perdas e dos deslocamentos forçados, o papa fez uma breve saudação e rezou pelas vítimas e pelo povo iraquiano.

“A trágica redução dos discípulos de Cristo, aqui e em todo o Médio Oriente, é um dano incalculável não só para as pessoas e comunidades envolvidas, mas também para a própria sociedade que eles deixaram para trás”, afirmou Francisco.

O papa destacou que um tecido cultural e religioso tão rico de diversidade se enfraquece com a perda de qualquer um dos seus membros, por menor que seja, como, em um dos artísticos tapetes iraquianos, “um pequeno fio rebentado pode danificar o conjunto”.

“Como é cruel que este país, berço de civilizações, tenha sido atingido por uma tormenta tão desumana, com antigos lugares de culto destruídos e milhares e milhares de pessoas – muçulmanas, cristãs, yazidis e outras – deslocadas à força ou mortas!”, enfatizou Francisco, primeiro papa a visitar o Iraque.

Localizada no norte do Iraque, Mossul é a terceira maior cidade do Iraque, depois de Bagdá e de Baçorá.

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