Seja para um descanso da caminhada, para bater papo, fazer uma ligação ou, simplesmente, olhar o movimento, os parklets construídos pela Prefeitura em lugares como a Avenida Sete de Setembro e Caminho das Árvores têm sido bastante utilizados pela população. Na tarde de ontem (14), o gari aposentado Erivaldo da Silva, 56, aproveitou o espaço, situado na Avenida Sete, próximo à Rua da Forca, para se distrair um pouco até a hora de ir para casa. “Eu estou achando ótimo. Eu vim pegar uns curativos aqui no Centro e aproveitei para me descansar um pouco e olhar o movimento”, conta ele, que é deficiente físico.
Para Janaína Ferreira, 27, que trabalha como vendedora nas proximidades do parklet, a estrutura serviu de ponto de apoio para o intervalo do almoço: “É uma área de lazer muito boa, o que estava faltando. As pessoas sentam, conversam bastante, cada uma no seu banco, se distraem e tomam uma fresca. Antes não havia nada disso”.
O espaço aberto costuma ter boa sombra e ventilação do início ao final da tarde, ideal para se refugiar um pouco do corre-corre das compras, do trabalho e demais afazeres diários. Sentado no banco, cercado por uma vegetação agradável, é possível ter uma visão panorâmica de parte da avenida histórica recentemente reformada e caracterizada pelo forte comércio e pela passagem dos trios no carnaval. São três áreas de lazer e convivência como essa ao longo da Avenida Sete de Setembro.
Cada uma tem 11 metros de comprimento e 2,2 metros de largura, contam com lixeiras, jardineiras, bancos e paraciclos. Os parklets ficam nos seguintes trechos: um próximo do acesso ao Beco Maria da Paz, outro nas proximidades da Rua da Forca e o último na entrada da Rua do Cabeça. Todos do lado esquerdo de quem desce a avenida em direção à Praça Castro Alves. “Os parklets são espaços de convivência e descanso e foram implantados com o objetivo de tornar a Avenida Sete ainda mais humana e amigável. A Avenida Sete é um dos centros comerciais mais importantes da nossa cidade e por isso é importante ter esse espaço para que as pessoas possam descansar após um período de compras pela avenida. Em um espaço de convivência, ganha a população e ganha o comerciante”, disse o secretário de Cultura e Turismo, Pablo Barrozo. A pasta foi a responsável pela requalificação da Avenida Sete de Setembro e Praça Castro Alves, por meio do Programa Nacional do Turismo (Prodetur).
Primeira instalação – O primeiro parklet foi instalado na cidade em 2016 pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis) na Rua Frederico Simões no Caminho das Árvores. Quatro anos após a instalação, a estrutura continua bem conservada e frequentada. Além de contar com paraciclos, e paisagismo com vegetação, a estrutura do Caminho das Árvores dispõe de uma minibiblioteca Livres Livros, onde qualquer pessoa pode doar os livros ou apenas pegá-los para a leitura.
A iluminação cênica em LED e grafite no entorno do mobiliário conferem charme ao local. Uma das vantagens desse tipo de mobiliário está no fato de que a sua montagem e desmontagem é fácil e rápida por possuírem componentes pré-fabricados, que apenas são levados e fixados. O conceito teve origem em 2005, em São Francisco, nos Estados Unidos. “São estruturas que quebram um pouco a dureza de avenidas comerciais movimentadas e formam ambientes amigáveis e de convivência para pedestres e ciclistas. Além disso, é mais um espaço urbano criado para o soteropolitano interagir com a cidade”, destaca João Resch, titular da Secis.
Comércio – A devolução dos espaços públicos para os pedestres tem sido um dos principais propósitos da Prefeitura ao projetar novas obras para a cidade. As transversais para passagem de pedestres na Rua Miguel Calmon, no Comércio, reformadas em 2018, por exemplo, passaram a contar com espaços de conforto, parecidos com os parklets, onde o pedestre também pode sentar para descansar um pouco. A diferença para o parklet é que em vez de instaladas em espaço contíguo na rua, essas estruturas ficam instaladas no passeio, têm lixeiras e bancos.