Os pescadores que dependem da atividade para o sustento e aproveitam o período da Semana Santa para melhorar as vendas seguem com livre acesso às praias de Salvador. No entanto, a Guarda Civil Municipal (GCM), em cumprimento às medidas de isolamento social determinadas pela Prefeitura, orienta aos profissionais que evitem aglomerados na faixa de areia e nas colônias de pesca espalhadas pela Orla.
A recomendação é que se posicionem nas pedras ou adentrem com as embarcações em alto mar. Desde o último 21, as praias estão interditadas ao público em geral. No dia 3 deste mês, o decreto foi renovado e a medida estendida por mais 15 dias. O objetivo é proteger a vida das pessoas e conter o avanço do coronavírus na capital baiana.
Os bloqueios são fiscalizados, dia e noite, por equipes da GCM e da Secretaria de Ordem Pública (Semop). Segundo o diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência da GCM, Maurício Lima, que tem acompanhado de perto as rondas, tem havido a compreensão dos cidadãos, de forma geral, e as praias estão realmente vazias.
Com relação aos pescadores, ele afirma que a categoria tem frequentado a orla, mas levando em consideração o decreto e, assim, evitando aglomerações na areia e nas colônias de pesca. “Entendemos a necessidade desse público específico que precisa ir às praias, mas é necessário que não formem grupos e exerçam a atividade de maneira mais isolada possível”, frisa Lima.
O diretor da Semop, Adriano Silveira, reforça que não há proibição de acesso para os pescadores. “Não podemos negar o acesso a essas pessoas que dependem da pesca para sobreviver e manter o sustento das suas famílias, em especial, nesse momento em que a mercadoria deles é bastante procurada”, afirma. No entanto, a fiscalização ficará atenta à formação de grupos na faixa de areia e encontros nas colônias de pesca. “Ir à praia para pescar está autorizado. O que não pode é aglomerar pessoas. Vamos permanecer em constante vigilância”, destaca.
Denúncias – Seguem interditadas as praias do Farol da Barra, Porto da Barra, Piatã, Itapuã e Ribeira. Os trechos citados estão totalmente fechados, com sinalização e sem permissão de acesso. Para as outras praias da cidade, o decreto determina que não pode haver aglomerações, regra que vale também para igrejas e templos religiosos. Quem testemunhar alguma infração a essas medidas pode efetuar denúncia através do site falasalvador. ba. gov. br, pelo e-mail ouvidoria @ salvador. ba. gov. br, pelo Disque Salvador 160 ou, ainda, pelo Instagram @ouvidoriadesalvador.