A abertura oficial do Carnaval aconteceu nesta quinta-feira (20), no Farol da Barra, e a expectativa é que cerca de 250 mil pessoas ocupem as vagas temporárias espalhadas por cerca de 40 setores de economia da cidade durante a folia de Momo, conforme estimativa da Secretaria de Cultura de Salvador (Secult).
Com três filhos e o salário “enxuto”, o auxiliar de jardinagem Cosme Henrique Nascimento, 39, deixou de lado o espírito folião para buscar uma renda extra, trabalhando temporariamente durante os dias de festa. Este é o terceiro ano que Cosme aprecia os artistas enquanto trabalha nos camarotes de Salvador.
“Já são três anos que trabalho durante os dias de Carnaval. Agora que a família cresceu e a responsabilidade ficou maior, o jeito é aproveitar as vagas temporárias que acabam sendo ótimas oportunidades para auxiliar nas contas de fim de mês”, pontuou.
Mesmo trabalhando durante os seis dias da festa de Momo, Cosme disse não se arrepender de se dedicar ao serviço. “Já curti muito quando não tinha as obrigações que tenho hoje. Agora, prefiro ver minhas contas pagas e, com o que sobra, ainda dá para pegar uma praia quando tudo estiver mais calmo na cidade”.
Circulação financeira – Assim como para Cosme, o Carnaval não é só festa para muita gente e para a cidade como um todo. Afinal, Salvador, que tem no turismo uma fonte de renda importantíssima, vai receber neste período de festa 854 mil visitantes, 6,7% a mais do que na folia do ano passado. A movimentação econômica na cidade vai chegar a R$1,8 bilhão, beneficiando pessoas que atuam tanto no mercado informal quanto informal.
Somente na montagem, desmontagem e operação de estruturas para a folia, a exemplo dos camarotes, serão 20 mil vagas, entre elas a de Cosme. No ramo artístico, ligado à indústria do espetáculo, serão 10 mil. Na hotelaria, 1,7 mil. No setor público, a Prefeitura terá 10 mil colaboradores atuando na organização da festa. Só para citar alguns exemplos.