Com a abertura do novo
Centro de Convenções, na orla da Boca do Rio, Luciano Lopes, presidente da
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH), estima que a taxa
de ocupação cresça em torno de 10% nos dois primeiros anos de funcionamento e de
21 a 22% nos dois anos seguintes, caso a oferta de leitos se mantenha.
A rede hoteleira foi um dos setores que mais sofreram com a
ausência de um Centro de Convenções nos últimos anos. Segundo a ABIH, 25 hotéis
fecharam nos últimos cinco anos, inclusive dois empreendimentos de grande
porte. Um dos empreendimentos fechados foi o Bahia Othon Palace, que tinha 284
apartamentos e contava com cerca de 200 funcionários diretos.
Além dele, também fechou o Pestana, considerado o primeiro
hotel cinco estrelas da cidade e que hoje já conta com um projeto de reabertura
e ampliação. O empreendimento contava com 430 apartamentos e suítes e já chegou
a ter 290 funcionários.
“O Centro de convenções é um equipamento muito importante,
porque restabelece o turismo de negócios para Salvador, que é um segmento
importante e vinha reduzindo a cada ano. Para uma cidade é fundamental,
sobretudo para uma cidade de sol e praia como Salvador, que acaba tendo uma
sazonalidade muito grande. Portanto, o segmento de negócios vem justamente para
ampliar a taxa de ocupação e melhorar a média e baixa estação”, afirma Luciano.
Ele explica que em uma cidade com uma vocação cultural e de
lazer muito grande como Salvador, é comum que o participante de congressos e
demais eventos traga a família e prorrogue a estadia para aproveitar os
passeios no final de semana. “A partir de agora os hotéis vão começar a se
planejar e a se preparar para atender a esse público, então as expectativas são
muito boas”. Atualmente, Salvador
conta com 410 hotéis funcionando responsáveis por 40 mil leitos e pela geração
de empregos.