O final da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra sarampo fez as irmãs Bianca e Bruna Menezes e Silva chegarem cedo a um posto de vacinação de Brasília. Hoje (30) é o Dia D da campanha para jovens entre 20 e 29 anos.
Bianca, 23 anos, estudante, conta que viu na televisão a anúncio da vacinação neste sábado e pesquisou na internet quais postos estariam abertos hoje. “Pensei que o posto estaria lotado. Por isso, vim cedo para cá. É importante se proteger. Ouvi dizer que está tendo surto”, disse, surpreendida por ver o posto de vacinação sem filas.
Ao apresentar o cartão de vacinação para a enfermeira, Bianca descobriu que só precisa tomar as vacinas contra rubéola e caxumba e a irmão de Bruna não precisou tomar a vacina porque já tinha tomado o reforço da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) no ano passado.
A recepcionista Fernanda Mendes de Paiva também aproveitou a manhã deste sábado para ir ao posto. “Trabalho em um laboratório e a recomendação é para tomarmos todas as vacinas. No sábado, entro mais tarde no trabalho, então eu tinha mais tempo disponível para vir tomar a vacina”, disse.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 40 mil postos de vacinação estão abertos em todo o território nacional. Esta segunda fase da campanha foi iniciada no último dia 18. Até agora (de janeiro a novembro de 2019), em torno de 25% desse público se vacinou. A meta da segunda fase da campanha é vacinar 9,4 milhões de adultos jovens. Para viabilizar a ação, o MS garantiu a maior compra de vacinas contra o sarampo (tríplice viral) dos últimos 10 anos.
O surto de sarampo ainda se encontra ativo no país. Atualmente, há confirmação de 11.896 casos e 15 óbitos pela doença até a semana 45. A maioria dos casos, 11.095 (93,2%) estão concentrados no estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana.
De acordo com o ministério, a faixa etária de 20 a 29 anos é a que acumula o maior número de casos confirmados de sarampo, de acordo com o último boletim epidemiológico, por isso a importância desta etapa para interromper a cadeia de transmissão do vírus no país. Para esse público, o maior problema não é a gravidade da doença e sim o fator de transmissão para os grupos mais suscetíveis às complicações da doença, como as crianças, por exemplo.